As Interdisciplinas neste semestre noz fizeram refletir mais uma vez a maneira de como estamos trabalhando com o nosso aluno em sala de aula, buscando sempre melhorar em nossa prática pedagógica, fazendo o nosso aluno ser desafiado a perguntar e a pensar, a construir e reinventar, como também em localizar-se no tempo e espaço dentro e fora do seu ambiente escolar. Cabe o papel aos professores de mediadores que acompanham e desafiam os alunos, propondo questões desafiadoras que apontam para novas perspectivas ou ponto de vista.
Nas interdisciplinas de Ciências, Estudos Sociais e Matemática aprendemos sobre os conceitos de tempo e espaço, após as leituras sugeridas pude aprender que conhecendo seu próprio espaço e desenvolvendo a capacidade de ler o espaço em que está inserido, o meu aluno apropria-se de ferramenta útil ao pensamento para captar informações, para formular e resolver problemas.
Essas noções são fundamentais para a estruturação do corpo, do espaço e tempo e por isso essencial também para as aprendizagens da leitura e da escrita.
É multiplicando suas experiências sobre os objetos do espaço em que vive que a criança vai aprender e desse modo construir uma rede de conhecimentos relativos a localização, a orientação que vai lhe permitir penetrar no domínio da representação dos objetos e assim, se distanciar do espaço sensorial ou físico.
O planejamento em estudos sociais, mais do que em qualquer outra área de conhecimento, deve ser flexível, para incorporar, em seu processo, não apenas o imprevisto daquilo que pode ser encontrado no caminho singular de cada aluno, das perguntas que cada um elabora, das formulações diferenciadas daquilo que havíamos imaginado, já que a diversidade do funcionamento humano está implícita no processo.
Os conteúdos esvaziados de significado precisam ser substituídos por aqueles que auxiliam na construção do conhecimento pelo sujeito que aprende. Para tanto não se pode trabalhar dados, fatos isolados e datas de forma linear e dicotômica. É preciso sempre desafiar as crianças a estabelecer relações em situações vivenciadas a fim de que todo conteúdo tenha aplicabilidade na vida concreta.
Aprendi que o conhecimento não está pronto e acabado. Todo aluno é capaz de aprender e tem papel ativo no processo de ensino-aprendizagem. Cabe ao professor ser o mediador desse processo, criando condições favoráveis à aprendizagem. É na inter-relação aluno-professor-conhecimento que o aluno vai compor, ampliar e construir o seu repertório de significados e conhecimentos. O professor deve respeitar o conhecimento prévio, as experiências cotidianas, as opiniões e as idéias do aluno. Dessa maneira, poderá propiciar aprendizagens significativas e incentivar o gosto pela busca do conhecimento. Deve estimular o aluno não apenas a responder questões formuladas, como também a formular suas próprias questões e perceber as contradições, os problemas e as necessidades da sociedade. Por consequência, o aluno terá um olhar crítico e autônomo, e será capaz de participar como agente transformador dessa realidade.
O importante é essa integração da teoria com a prática. Pude repensar minha maneira de planejar minhas aulas de Estudos Sociais, Ciências e Matemática.
A Interdisciplina do Seminário Integrador me fez refletir e causou mudanças na minha prática de sala de aula, pois, estamos acostumados a pensar pelo aluno, antecipando tudo o que ele pode ou deve saber, definimos os problemas, os objetivos, as soluções e temos um tempo preestabelecido para as atividades, é dificil mudar a forma de trabalho, mas estou mudando a cada semestre, os alunos precisam sentir-se desafiados, ter metas, formular questões para, então, moverem-se em direção da busca por respostas e de estratégias para encontrar soluções.