Os Três Presentes Mágicos!

Nessa semana pensei em explorar umpouco mais sobre a cultura Africana, já que percebi que os alunos que atendo no laboratório sabem pouco sobre a cultura desse País. quando trabalheio na semana anterior sobre a Copa, questionava eles sobre o que sabiam sobre a cultura africana( comida, bandeira..) e para a minha surpresa a maioria só sabia que a Copa estava acontecendo na África do Sul, tinha um mascote, o Brasil e outros times estavam jogando, até citavam o nome de alguns. Me questionei se seriam o suficiente essas informações que haviam recebido. Acredito que posso instigá-los ainda mais, então procurei na biblioteca umlivro que tivesse algo sobre a cultura africana, gostei do livro "Os três presentes Mágicos, onde resgata temas da cultura africana e os alunos podem participar ativamente da narrativa, propondo o desfecho. No final esse livro convida o leitor a dar a sua opinião, qual dos três irmãos mereceria desposar a bela princesa. O dono do espelho mágico? O detentor do tapete voador? Ou o que possuía uma rede invensível?Todos ouviram atentamente da história e após deram a sua opinião pessoal, a maioria escolheu o dono do espelho, pois foi ele que viu primeiro o monstro no espelho. A partir dessa história os alunos realizaram várias atividades, investigaram no google sobre a comida típica, bandeira, a cultura da África, trouxe o mapa mundi e o globo para sala e eles exploraram o máximo esses recursos...

Laboratório de Aprendizagem!

Como trabalho no Laboratório de Aprendizagem com alunos que foram encaminhados pela professora titular por apresentarem dificuldades na aprendizagem, como leitura, escrita, interpretação, quatro operações..., com baixa auto-estima, deficit de atenção entre outros. Penso que nem sempre consigo fazer com que esse aluno participe, consiga resolver um desafio,como outro que não tem dificuldades na aprendizagem. Por isso a avaliação que faço do desempenho desse aluno é também diferenciada, só o fato de estarem dispostos a virem em horário inverso da sua aula para o Laboratório de Aprendizagem já me sinto feliz. A cada dia tento de forma diferente instigá-los e desafiá-los, mas sempre respeitando o tempo que esse aluno precisa para superar as suas dificuldades, sem precioná-lo.

O Sanduíche da Maricota!!!

Nessa 9ª semana trabalhei com o livro "O Sanduíche da Maricota". Com os alunos de 4ª série propus que cada um criasse o seu sanduíche utilizando alimentos naturais, coloquei na mesa vários alimentos como pão de sanduíche, alface, tomate, ovo cozido, milho, batata palha, azeitona, queijo e presunto para eles montarem o seu sanduíche, foi uma festa, adoraram, dizeram que queriam mais aula assim, tinha alunos que não conheciam azeitona, provaram e gostaram.

Após pedi que fizessem numa folha de papel a descrição do sanduíche que haviam preparado.

Com os alunos de 4º ano sugeri que entrevistassem as cozinheiras e alguns alunos sobre a merenda da escola, mas foram os alunos que ainda na sala do laboratório de aprendizagem criaram as perguntas em grupo, de acordo com o interesse deles.

Eu percebo claramente a mudança na minha prática pedagógica quando venho propondo atividades práticas e do interesse do meu aluno, antes do curso, eu mesma iria trazer as perguntas prontas da entrevistas e pediria que eles apenas entrevistassem, não partindo do interesse deles, o sanduíche provavelmente seria solicitado para fazer o desenho, pintar ou no máximo descrever como faria um sanduíche. Essa diferença reflete diretamente no meu aluno, quando percebo o resultado favorável, me sinto gratificada.

Refletindo!

Desde a semana passada não faço outra coisa que refletir, chorar, sentir um medo enorme de perder o curso, não me formar junto com minhas colegas de escola e do curso Pead. Olhar para trás e perceber quanta coisa já mudou dentro de mim e nas minhas práticas pedagógicas com o curso EAD. A professora Bia na quarta-feira despertou uma inquietação dentro de mim, me sinti como fazemos com nossos alunos, quando queremos acordá-los, dar uma "sacudida", mas fizemos isso com nosso aluno quando sabemos que ele tem condições de dar mais, de superar uma dificuldade, instigamos, desafiamos. Percebi depois da nossa conversa que a professora Bea ainda acredita em minha superação, mesmo eu não acreditando até então, mas me senti ao mesmo tempo acolhida, tinha alguém preocupada com minha situação! Só posso agradecer e trabalhar muito em parceria com as professoras, percebi só agora que o tempo todo fiquei fugindo , mas justamente com a mediação delas estaria resolvida boa parte dos meus problemas.
Muitas vezes em nossa prática de sala de aula fizemos exatamente igual com o nosso aluno que está com dificuldades na aprendizagem ou no relacionamento com os colegas , tentamos o tempo todo aproximar esse aluno para ajuda-lo a superar uma situação, mas às vezes eles se afastam da gente, dizendo que estamos pegando no "pé dele", quando na verdade queremos o melhor para o nosso aluno, por isso procuramos desafiá-lo, instigá-lo a achar uma solução.
Em uma das minhas reflexões semanais comentei que meus alunos tinham dificuldade de pensarem, era difícil sair uma ótima produção textual, hoje percebo após as palavras do professor Nestor,dizendo que até os filhos dele de quatro anos pensam, percebo então que os nossos alunos tem preguiça de pensar mas precisam serem desafiados com estratégias diferentes para aos poucos ir surgindo uma explosão de ideias sobre um determinado assunto estudado. Essa é uma das mudanças que aconteceu comigo antes acreditava que o problema da produção textual, estava só no meu aluno, mas na verdade eu como professora tinha que buscar soluções, alternativas novas, para auxiliá-lo a melhorar.